Exame ASO: A Proteção Legal Que Pode Salvar Sua Empresa (E Seu Colaborador)

Exame ASO pode salvar sua empresa e colaborador

Imagine contratar um novo colaborador e, semanas depois, ele sofre um problema de saúde diretamente relacionado à função. Ou pior: uma fiscalização trabalhista revela a ausência de exames obrigatórios e você se vê diante de multas e ações judiciais. Situações como essas não são rara e quase sempre têm um mesmo ponto em comum: a negligência com o Exame ASO.

Poucos documentos são tão subestimados e ao mesmo tempo tão essenciais para a segurança jurídica e ocupacional das empresas quanto o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).

Neste conteúdo, você vai entender de forma clara e estratégica:

  • O que é o ASO

  • Por que ele é obrigatório segundo a legislação

  • Quando ele deve ser feito

  • Quais exames compõem o ASO

  • E como ele protege tanto a empresa quanto o trabalhador

Se você trabalha com RH, DP ou Segurança do Trabalho, este é um guia que você não pode ignorar…

O que é o Exame ASO?

ASO significa Atestado de Saúde Ocupacional. Trata-se de um documento médico obrigatório previsto na Norma Regulamentadora 7 (NR-7), que comprova se o trabalhador está apto ou inapto para exercer determinada função dentro da empresa, com base nos riscos ocupacionais envolvidos.

O ASO não é apenas um papel: ele é parte fundamental da gestão de saúde e segurança do trabalho, funcionando como proteção tanto para a empresa quanto para o colaborador.


Exame ASO: Para que serve?

O ASO serve para:

  • Avaliar a condição de saúde do trabalhador antes, durante e após o vínculo com a empresa.

  • Garantir que o colaborador esteja apto a exercer sua função sem riscos à saúde.

  • Registrar formalmente a aptidão ou não para o trabalho, com base nos exames ocupacionais realizados.

  • Cumprir obrigações legais e evitar passivos trabalhistas ou previdenciários futuros.


Quando o exame ASO deve ser realizado?

De acordo com a legislação trabalhista, o ASO deve ser emitido nos seguintes momentos:

1. Admissional

Antes de o colaborador começar suas atividades na empresa.

2. Periódico

Em intervalos definidos com base na idade e nos riscos da função.
Exemplo:

  • A cada 2 anos (sem riscos ocupacionais)

  • A cada ano (com riscos ou maiores de 45 anos)

3. De retorno ao trabalho

Após afastamento por doença ou acidente superior a 30 dias.

4. Mudança de função

Sempre que houver alteração significativa nas atividades ou riscos envolvidos.

5. Demissional

Até o último dia do contrato de trabalho, exceto se houver um ASO recente (até 135 ou 90 dias, dependendo do grau de risco)


Quais exames compõem o ASO?

O conteúdo do ASO depende da função exercida e dos riscos envolvidos. O mínimo obrigatório é a avaliação clínica com o médico do trabalho.

Para funções com exposição a agentes nocivos, podem ser exigidos exames complementares, como:

  • Audiometria (ambientes ruidosos)

  • Espirometria (exposição a poeiras ou agentes químicos)

  • Raio-X ou exames de imagem

  • Exames laboratoriais (sanguíneos, toxicológicos, entre outros)

  • Eletrocardiograma (ECG) ou eletroencefalograma (EEG)

Esses exames devem ser determinados com base no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) e no PCMSO da empresa.


Consequências de não realizar o ASO

Negligenciar o exame ASO pode gerar sérias consequências, como:

  • Multas trabalhistas (autuações em fiscalizações do MTE)

  • Ações judiciais de colaboradores

  • Problemas com o eSocial (obrigações não declaradas)

  • Responsabilização em acidentes de trabalho

  • Perda de certificações ou contratos com grandes empresas


Como garantir que o ASO seja realizado corretamente?

Aqui vão algumas recomendações práticas:

  1. Tenha um PCMSO ativo e atualizado
    Esse programa é o que orienta a realização dos exames e define a periodicidade.

  2. Contrate uma empresa de saúde ocupacional confiável
    Parceiros como a BenCorp oferecem soluções completas em saúde corporativa e ajudam empresas a manter tudo em conformidade com a legislação, com suporte técnico, médico e jurídico especializado.

  3. Integre o ASO ao processo de admissão e desligamento
    Torne o ASO uma etapa obrigatória na jornada do colaborador, assim como a assinatura do contrato.

  4. Monitore e atualize os exames periódicos
    Crie alertas e notificações internas para evitar atrasos e garantir conformidade contínua.


O Exame ASO não é só mais um papel ele é parte central da gestão de saúde e segurança do trabalho, e uma proteção real para as empresas e seus colaboradores.

Ao implementar processos consistentes e contar com parceiros especializados como a BenCorp, sua empresa estará não apenas cumprindo obrigações legais, mas construindo uma cultura de prevenção, cuidado e responsabilidade.